LEVA PACIENTE À ÓBITO NO ESTADO PAULISTA.
SÃO PAULO - A direção do Hospital de Base de São José do Rio Preto, a 451 quilômetros de São Paulo, admitiu nesta quinta-feira que houve erro médico durante o procedimento que daria início à doação de medula de Luana Neves Ribeiro. As médicas responsáveis e a chefe do Serviço de Verificação de Óbito da instituição já prestaram depoimentos à polícia, segundo informa o site da TV TEM.
Os diretores do Hospital afirmaram que estão cumprindo com os prazos determinados pela Polícia Civil e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Eles disseram ainda que a sindicância interna que apura o caso deve ser concluída em 30 dias.
A chefe do serviço de verificação de óbito do hospital, Janice Silva, prestou depoimento à polícia durante uma hora. Ela chegou à delegacia acompanhada de um advogado e não deu declarações. Era Janice quem deveria ter avisado a polícia sobre o procedimento mal sucedido, para que o corpo de Luana fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), o que não aconteceu. No depoimento, ela ainda confirmou o laudo divulgado pelo Hospital, que aponta que a estudante teve sete perfurações na veia. Agora, o delegado João Lafayete Sanches, responsável pelo caso, pedirá um exame do IML.
De acordo com os diretores da instituição, as médicas que atenderam Luana continuam trabalhando no hospital e não serão afastadas. Erika Rodrigues Pontes e Flávia Leite Souza Santos, que colocou o cateter na jovem, foram ouvidas pela polícia. O diretor do setor de transplantes do hospital, Otávio Ricci, também foi ouvido.
Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, morreu na semana passada pouco antes de fazer uma doação de medula que salvaria a vida de um paciente do Rio de Janeiro. O procedimento usado para recolher o material a ser transplantado continua sendo utilizado pelo Hospital de Base, mas deve passar por uma reavaliação da própria instituição. O Conselho Regional de Medicina também investiga as causas da morte da jovem.
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