SERÁ O FIM DOS TEMPOS DE PODER DO BOM VELHINHO.
Não chamem para a mesma ceia de Natal o ex-governador José Maranhão e o deputado federal Manoel Júnior. Mas, sobretudo, não os convidem para, juntos, curtir o réveillon.
Júnior, elegante, não atribui diretamente a Maranhão os dez anos de insucesso eleitoral do PMDB. Diz que o partido não pode continuar sendo submetido ao “caciquismo”, mas evita, também neste caso, dar nome aos bois. Aliás, ao único comandante do rebanho.
Em fase de preparação para as eleições de 2012, a briga com Manoel Júnior era a última coisa que ele esperava acontecer. Mas aconteceu. O deputado despersonaliza as críticas, mas é coisa para inglês ver. O alvo de suas insatisfações é só um, e tem nome e sobrenome: José Maranhão.
As reclamações de Júnior, registre-se, não são só dele. Outros peemedebistas também estão achando que o tempo de Maranhão, como grande capitão da equipe, acabou. Seja por obsoletismo ou por fadiga de material - o certo é que acabou.
Ao constatar que o partido não ganha, há dez anos, uma disputa majoritária para o governo do Estado, o deputado pergunta: quem está errado? O povo ou o partido?
Manoel Júnior e outros peemedebistas, como Gervásio Maia, sabem a resposta. Querem preparar o partido para os novos embates eleitorais, mas entendem que nada conseguirão enquanto Maranhão estiver com a corda toda.
A gente percebe que os insatisfeitos do PMDB não pretendem hostilizar o velho comandante. Já se sentirão contentes se ele abrir mão do caciquismo que exerce dentro da legenda.
Blog de Agnaldo.
Com JP Online.
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